Já percebeu, que desde que nascemos, começamos a criar diversos tipos de sonhos e desejos? Aquela vontade de voar, de viajar, de ser famosa, de fazer a diferença ou de apenas ser feliz do seu jeito.
Ontem eu recebi uma notícia muito triste. Um velho amigo da minha família veio a sofrer morte cerebral. Até então, eu sabia que ele estava com alguns problemas pessoais, mas como tudo na vida, não imaginei que ele viesse a sofrer tal coisa, tão inesperadamente. Eu fiquei chocada e comecei a chorar, afinal, eu cresci perto dessa família. Me distanciei com o tempo, como sempre acontece entre as pessoas, mas meus pais ainda tem contato com eles, mesmo que não fosse mais como antes. A última vez que o vi foi no meu casamento em 2016 e me recordo de ter ficado muito feliz de vê-lo lá. Vou guardar essa lembrança com carinho.
Depois de algumas horas que recebi a notícia, comecei a pensar na minha vida. Tenho o mesmo sonho desde os 10 anos de idade e devido á alguns empecilhos durante o estágio da vida, não cheguei nem perto de realizá-lo. Ainda mantenho a mesma meta e sinceramente não sei quando vai se realizar, mas depois de ontem, depois dessa trágica notícia, me peguei repensando meus objetivos. A doença e a morte vem quando a gente menos espera, enquanto todos estamos sentados na frente da televisão ou do celular, sem nem perceber a vida passando.
Acordei com uma vontade absurda de realizar meus velhos sonhos. De viver! O tempo passa tão rápido e quando a gente para, vemos oportunidades que perdemos e momentos preciosos que poderíamos ter tido. Eu não quero, daqui á dez anos, olhar pra trás e ver que não vivi intensamente. Vejo pessoas conhecidas nas redes sociais viajando, crescendo financeiramente, curtindo a vida e me pego pensando: “E eu?”. Um dos momentos em que me senti mais viva, foi na minha lua de mel. Viajar para o Peru ao lado do amor da minha vida, foi uma das melhores coisas que eu já fiz. Outra lembrança maravilhosa, foi uma viagem que fiz para a praia com os meus pais no início de 2016, foi tão bom, mas tão bom estar em família em um momento incrível de lazer. Pode parecer algo simples para quem viaja ou vai a praia sempre, mas pra mim foi especial.
Enquanto eu digito esse texto, me sinto desolada e culpada. Aproveitei muito da minha infância ao lado dessa família e mesmo que eu não estivesse mais há quase dez anos tão próxima quanto antigamente, sempre guardei os melhores momentos no meu coração. A vida distância pessoas, isso é natural, mas não quer dizer que os seus sentimentos e considerações mudaram. Não vou descrever aqui os últimos anos de dificuldade que ele passou, eu mesma não sei direito, o que eu sei, foi através do velho “telefone sem fio” e eu me sinto culpada por não ter tentado ajudar de alguma forma. É sempre assim, não é? Depois que a tragédia acontece, a gente olha pra trás e pensa no que poderia ter feito de diferente. É por isso que eu acordei pensando na minha família, no meu esposo, nos meus sonhos e em como a vida é tão curta para se passar estressado e não aproveitá-la ao máximo.
Eu não quero me arrepender de não ter vivido. Eu tenho pavor só de pensar nisso. Por isso o meu conselho pra você é: viva intensamente, nós não sabemos se amanhã ainda estaremos aqui.
Um grande abraço;
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