A banda de rock alternativo Nickelback lançou um documentário nos cinemas que ficou em cartaz por apenas 2 dias. E, como eles são a minha segunda banda favorita da vida, é claro que não perderia a oportunidade de ver. Mas, nem essa alegria evitou que meu dia fosse estressante.
Hate to Love: Nickelback
A banda de rock bem-sucedida Nickelback, que já foi considerada a mais odiada do mundo – o que para mim não faz sentido até hoje -, lançou um documentário de 106 minutos contando sua trajetória até o momento.
No longa-metragem vemos um pouco da cidade onde cresceram, entrevistas com parentes e amigos, assim como revelações de suas vidas pessoais dentro e fora da banda. Além de contar com trechos de várias músicas de sucesso.
Uma aventura estressante até o cinema para ver Hate to Love: Nickelback
Sou o tipo de pessoa que gosta de ter tudo planejado com antecedência. Comprei meu ingresso na pré-venda um mês antes, tudo para garantir meu lugar no cinema.
Até aí, tudo certo!
Porém, no dia as coisas fugiram do meu controle. Saí de casa 2 horas antes da sessão ter início – o único cinema mais perto onde tinha o filme disponível era no shopping Pátio Paulista – e eu supunha que isso seria o suficiente para comprar pipoca e entrar na sala com folga. Mas, eu estava errada.
As coisas começaram a dar errado no momento em que chamei o uber até a estação de trem, o tempo de espera foi de 15 minutos e o motorista foi bem desagradável, o que já tirou um pouco do meu brilho. Chegando na estação de trem, o mesmo levou muito tempo para chegar, o que já me deixou bem estressada, e quando o bendito chegou, ficou com aquela lentidão típica dos trens de São Paulo aos finais de semana.
Quando, por fim, cheguei em uma das estações para fazer baldeação, a CPTM resolveu que era um excelente dia para trocar o sentido das plataformas. Ou seja, eu e mais um monte de gente, pegamos o trem no sentido contrário! Dizer que fiquei furiosa é o mínimo.
Na estação seguinte, saí do trem errado e fui para a plataforma correta onde, é óbvio, passou dois trens enormes de carga só para me irritar. Quando enfim cheguei na estação que queria, precisei pegar o metrô para a Paulista, mas tinha um probleminha. Eu não andava de metrô sozinha em SP há bastante tempo e por causa disso acabei confundindo as estações, ou seja, em vez de descer o mais perto possível do Pátio Paulista, desci na estação de metrô Paulista que é exatamente a mesma da Consolação. Havia esquecido desse detalhe “insignificante”. E quem conhece a Paulista sabe muito bem que a consolação é longe pra caramba deste shopping.
Percebendo isso, e faltando poucos minutos para a minha sessão ter início, fui obrigada a chamar um uber. Por sorte, ele chegou rapidamente, mas em compensação, eu não conseguia acessar o aplicativo do cinema, nem para abrir o ingresso nem para comprar pipoca com antecedência.
Suando e respirando mal feito uma louca por causa da pressa, fui comprar a pipoca com receio de passar fome na sessão. O rapaz não entendeu o que eu queria e tentou me vender combos por preços absurdos, sendo que eu estava sozinha e não estava nem um pouco a fim de ter um copo do Kung Fu Panda, só queria o maldito balde de pipoca com M&M’s e chocolate derretido em cima! O gerente atrapalhou o atendimento do rapaz, tomando o computador dele sem pedir licença, me deixando completamente nervosa, só para resolver o problema de outra pessoa, fazendo o meu atendimento atrasar. Nisso já fazia 25 minutos de filme que eu tinha perdido. Para concluir a saga da pipoca, comprei apenas uma pipoca salgada média e um refri, nada de chocolates, para a minha tristeza.
Quando finalmente consegui entrar no aplicativo para mostrar meu ingresso, ele apareceu como expirado! Enlouqueci, mas por sorte foi só mostrar para o rapaz da recepção e entrar. Sentei na poltrona respirando fundo, me obrigando a esquecer de tudo que tinha acontecido até ali e prestar atenção no documentário do Nickelback. Infelizmente, minha pipoca estava extremamente salgada, o que me fez sair da raiva e entrar no estágio deprê.
Aproveitei apenas 1 hora e poucos minutos do documentário, mas tudo bem, não tinha o que fazer.
As partes que consegui assistir foram muito interessantes, mas por alguma razão – talvez por causa do dia terrível que estava tendo -, o longa não pareceu tão incrível quanto eu imaginei que seria e saí da sala com a sensação de expectativa não atendida. Não sei se pensava que ficaria extasiada, como quando fui no show da banda em 2019 no Ginásio do Ibirapuera, mas, por mais que sejam experiências completamente diferentes, acredito que meus desejos – ainda mais nesse dia – estavam equivocados.
Querendo evitar o estresse novamente, resolvi chamar um uber para me levar direto pra casa – coisa que a sovina aqui deveria ter feito também na ida -, então fiquei na frente do shopping esperando. Em seguida uma mulher que havia acabado de passar por mim – questão de segundos – teve sua bolsa roubada por dois moleques que sairam correndo, rindo, e a coitada atrás, gritando: “LADRÃO!!!”. Já preocupada em como meu dia tinha sido um desastre, achei melhor entrar mais no shopping e ficar ali esperando o uber para não ter o risco de ser assaltada também. Cheguei a ouvir um homem conversando com um guardinha na entrada dizendo que agora esses moleques ficam na frente das estações justamente para roubar as pessoas. Pensei: “Ao menos tive esse livramento, já que em tese eu estaria indo pegar o trem ao invés do uber.”.
Então, o carro chegou e, graças a Deus, pude ir com bastante conforto e tranquilidade para casa rever meu marido e meu filhinho.
Mas, se você acha que acabou, se enganou.
Creio que por causa da pipoca tive uma dor de estômago muito intensa, daquelas que te fazem se contorcer na cama de dor. Só fui melhorar horas depois, praticamente no início da madrugada.
Tinha que fechar com chave de ouro, não é?
Resumindo, sou o tipo de pessoa que acredita que as coisas acontecem por uma razão. Talvez meu dia tenha sido louco porque algo de pior poderia ter acontecido e essa bagunça me livrou disso. Ou, foi simplesmente um conjunto de erros que me deixou muito estressada e me fez perder o início do filme e comer uma pipoca ruim que me deu dor de estômago.
E pensar que eu só queria um tempo pra mim… Mas, tudo bem. Na maioria das vezes meus planos de um dia perfeito dão certo, em outros, coisas assim acontecem para podermos rir um dia.
Ainda não estou rindo, mas quem sabe amanhã? 😅
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