Conheci esse livro através do Instagram. Tinha tantos perfis falando sobre ele que fiquei curiosa e uma coisa posso dizer, Asiáticos Podres de Ricos foi uma leitura bem diferente do que eu esperava.
Algum tempo depois de ouvir falar do livro pela primeira vez, foi lançado a adaptação nos cinemas. Eu não tinha muita ideia se iria ou não gostar do filme, mas no fim das contas eu AMEI! O filme é tão divertido, brilhante e romântico. Assisti diversas vezes e nunca enjoo.
Esperei até encontrar o livro em promoção e finalmente comprei. Demorei um pouco para ler, mas finalmente trouxe a resenha para vocês.
“Quando Rachel Chu chega à Cingapura com o namorado, o charmoso Nicholas Young, para acompanhá-lo ao casamento de seu melhor amigo, imaginava passar dias tranquilos com uma simpática família, longos passeios de carro explorando a ilha e bastante tempo ao lado do homem com quem um dia talvez fosse se casar. Só que Nick não mencionou alguns detalhes… Como o fato de sua família ter muito, muito dinheiro, que ela iria viajar mais em jatinhos particulares do que de carro e que caminhar de mãos dadas com um dos solteiros mais ricos da Ásia era como ter um alvo nas costas.”
Quando finalmente comecei a leitura, esperava que o livro fosse mais focado na Rachel e no Nick. Eu desejava mais detalhes sobre a relação dela com a família dele, mas não achei que isso foi tão bem trabalhado na história. Outros personagens acabaram tendo mais destaque, o que ofuscou um pouco o romance.
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Cada capítulo é narrado por um personagem diferente.
Cada capítulo é narrado por um personagem diferente e em alguns momentos isso era muito interessante, mas em outros nem tanto. Os capítulos narrados pelo Eddie, primo de Nick, eram de longe os mais chatos. Saber a fundo o quanto ele era mesquinho e tentava manter uma vida de riqueza e opulência que nunca era o suficiente, não agregaram em nada para a história ao meu ver.
Os capítulos narrados pela Eleonor, mãe de Nick, eram em alguns momentos sem fundamento. Mostrava a relação dela com as mulheres de sua família e amigas, mas poucas vezes era realmente interessante. Confesso que desejava muito saber sobre a história dela e do marido, como eles se conheceram, como era a relação dela com a sogra no início do casamento, mas infelizmente isso não foi contado. Era mais focado em como suas parentes gastavam dinheiro (ou ganhavam mais dinheiro) ou como tinham os melhores contatos para saber o “podre” de quem fosse necessário.
Os capítulos mais interessantes eram de longe o da Astrid, prima do Nick. Ao contrário do que é mostrado no filme, ela não era tão perfeita na parte dos estudos, pelo contrário. Ela se preocupava mais com a sua vida social e isso acabou tornando-a uma mulher respeitada na sociedade, principalmente depois que seu primeiro noivo mostrou-lhe que não tinha nada de errado em ela investir em si própria quando se tratava de vestir as melhores roupas e ter a melhor aparência.
O fato da Astrid descobrir sobre a suposta traição do marido e como ela começa a agir perante a isso, faz com que a história dela seja mais interessante do que dos protagonistas. Quando estava quase no final do livro, eu queria mais saber sobre ela do que sobre o Nick e a Rachel.
Um livro com diferencial
Mesmo que o livro não tenha o foco no romance, como eu desejava, seria errado da minha parte não dar os créditos que ele merece. Por ter como protagonistas personagens orientais e a história se passar em Cingapura, isso trouxe algo diferente na literatura. Tanto o livro, quanto o filme chamaram a atenção e não é para menos.
Algo muito legal no livro, é que você pode saber mais sobre a história da China e de Cingapura. O autor relata curiosidades históricas, preconceitos existentes entre ocidentais e orientais, entre outras coisas que eu não fazia ideia que existiam. Isso traz um diferencial para essa história que conquistou diversos leitores pelo mundo.
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Personagens diferentes e complicados.
Cada personagem tem uma personalidade forte. Desde a Rachel, até a mãe do Nick. Porém, confesso que achei a maioria deles fúteis demais. Claro que como o foco é nos personagens mais ricos de Cingapura, é natural que você só leia sobre opulência e excesso de riqueza, mas as vezes isso acabava sendo demais.
O autor foca tanto na riqueza deles, que chega a incomodar e deixa a leitura chata.
Gostei da Rachel no livro, mas achei ela mais simpática e fofa no filme. Mas mesmo assim, foi bom saber um pouco mais sobre ela, como ela e o Nick se conheceram e a relação dela com a mãe. Por sinal, quase no final do livro a mãe da Rachel conta sobre a sua história e foi o capítulo que mais me emocionou. Fiquei pensando na história dela pelo resto do dia.
Eu diria que a Astrid é uma das minhas personagens favoritas, ela dá um toque mais interessante na história, principalmente quando a leitura ficava maçante.
Já o Nick, confesso que não gostei nada dele no livro. Ele se faz de tonto e simplesmente joga a Rachel aos “leões” e finge que não é nada demais. A idiotice dele me irritou tanto que quando eu via que o capítulo seria sobre ele, até revirava os olhos. O autor dá a desculpa que isso é culpa da criação que deram a ele, mas não é suficiente para me convencer. Como um cara de 28 anos faz o que faz com a Rachel? Ele sabia muito bem como a família dele era, deveria SIM ter alertado ela antes de viajarem e a desculpa sobre “minha família me ensinou a não dizer nada sobre nós a ninguém” não colou para mim.
Tem um momento no livro em que a Rachel diz a ele que ficou impressionada como o casamento do Colin Khoo estava em todas as revistas e era o mais badalado do ano e que ele não havia dito nada a ela. Ele simplesmente diz: “É MESMO?”. Como assim “é mesmo”? Ou ele realmente não tem ideia de quem é ou simplesmente é tão sonso como eu achei durante a leitura inteira. Prefiro ele no filme, lá ele é menos sonso.
Ao contrário do filme, onde a amiga da Rachel, Peik Lin é hilária, no livro ela é uma amiga “normal”. Não é tão animada, mas é bem inteligente. Senti falta do humor mostrado no filme, quando estava lendo.
Uma história que vale a pena ser lida
Por ser uma história tão incomum e mostrar um “universo” tão diferente do que vivemos, diria que a história é super válida e merece ser lida com toda certeza. Não acho que os pontos negativos para mim, podem ser os mesmos para outros leitores, pelo contrário. Posso dizer que a maioria dos outros leitores adoraram. Já eu, confesso que gostei muito mais do filme.
Quero muito ler a continuação e espero que tenha o filme logo!
Um grande abraço.
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