Qual sensação você quer transmitir na sua marca?

Qual sensação você quer transmitir na sua marca? Já refletiu sobre isso? Será que você está passando exatamente o que gostaria?

A sensação que sua marca transmite importa.

Você já parou para pensar em como quer que as pessoas se sintam quando olharem para a sua marca? Como você quer ser vista?

Atualmente se fala muito sobre autenticidade, mas apesar do que fazem parecer, uma marca não é só feita disso. Não é simplesmente “ser você mesmo” e as coisas irão magicamente acontecer.

Comportamento, fotografia, estilo, fontes, cores, sua imagem pessoal, tudo isso pode favorecer ou prejudicar a sua marca se feito de forma leviana. Prestar atenção nos detalhes fazem a diferença, pois a primeira impressão pode ser definitiva na memória do seu público. E se for para ser assim, que seja feita da melhor forma, não concorda?

A sensação que você transmite pode mudar a forma como o público te vê.

Há cerca de 7 anos atrás, quando decidi falar sobre literatura na internet, principalmente em vídeo, quis parecer divertida, gentil e conquistar as pessoas através de quem eu era para que outras se identificassem e quisessem falar comigo sobre suas leituras. E nas últimas semanas, ao rever alguns dos meus vídeos antigos, fiquei chocada com a imagem que eu transmitia.

Penteados infantis, gestos, postura, roupas imaturas, junto a um comportamento bobo e “engraçadinho” que eu acreditava que faria com que gostassem de mim. Mas a verdade é que o meu comportamento apenas mostrava uma Leticia insegura e desesperada por amigos que também fossem leitores.

Com os anos fui mudando, só que não para algo muito melhor. Comecei a falar de temas polêmicos (o que sempre gerava engajamento alto nos meus stories), a reclamar da entrega do instagram, arranjar discussões com quem pensava diferente de mim (e nesse caso, eu juro que sempre vinham me atacar primeiro, pois nunca me permiti ir até o perfil alheio apenas para atormentar o outro), mas continuava ao mesmo tempo com a mesma postura de amiguinha, só que acrescentando o termo estressada ao lado. Terrível só de lembrar!

Até que minha postura começou a melhorar. Eu já não reclamava ou falava de temas polêmicos. Quis me concentrar em transformar meu perfil em negócio, primeiro como escritora e depois com um curso para bookstagram. Infelizmente as coisas não saíram como esperado. As pessoas achavam caro me pagar R$67 pelas aulas e 30 dias de ideias de conteúdo em um instagram fechado do qual eu estive todo o período presente.

Elas não confiavam em mim. E em vez de analisar onde errei, melhorar minha imagem e ser consistente, fiz algo que já estava acostumada, simplesmente sumi por 5 meses. Depois voltei querendo recomeçar e então sumi de novo.

Ou seja, como eu queria que as pessoas me pagassem, mesmo que fosse R$10, se o meu comportamento, mais a imagem infantilizada e um perfil multicolorido não transmitiam a autoridade que eu alegava ter?

Por muitos anos não entendi a razão do porquê eu não crescia, porque as pessoas não interagiam comigo da mesma forma que interagiam com outros perfis. Mas hoje, após dar início aos meus estudos sobre comportamento humano, simbologia, marketing etc, percebi que a Leticia daquele universo era uma pessoa perdida e totalmente equivocada, o que era claramente a mensagem que eu passava no meu perfil.

As sensações eram de bagunça, falta de coerência e principalmente falta de consistência.

Ainda estou aprendendo, corrigindo erros que cometi por tanto tempo. Recomecei fora do universo literário, pois já não me sentia mais pertencente aquele grupo. O que eu quero agora é focar no que sou boa e auxiliar outras mulheres formidáveis a terem o perfil que transmita a sensação que elas desejam para sua marca.

E depois de fazer toda essa análise sobre a minha história, vi o quanto é importante fazer as escolhas certas para a minha marca ser vista da melhor forma.

Como você quer ser vista? Qual sensação você está transmitindo?

Como disse acima, tudo que eu fazia, falava e usava, transmitia uma imagem boba e infantil, além de insegura e imatura. Se você não quer passar essa imagem, precisa alinhar qual a sua intenção para a marca.

Para transmitir uma sensação de poder, luxo e inteligência acima da média, é preciso escolher sabiamente as cores da sua identidade visual, as roupas que você usa, os hábitos que possui e a maneira como se comporta. A verdade é que nosso cérebro automaticamente faz associações através de símbolos.

Vou citar alguns exemplos de perfis para que você entenda melhor.

Qual sensação você quer transmitir no seu perfil?

Observe esses dois perfis. Agora responda, qual deles te transmite feminilidade, leveza e acessibilidade? E qual deles passa uma impressão de poder, luxo e um forte senso de estilo próprio?

Talvez eu não precise responder, pois seu cérebro já associa certas cores, elementos e imagens á certas sensações. Cores escuras e fortes remetem a algo poderoso, fechado, quase inalcançável. Já cores mais suaves dão a impressão de leveza e acessibilidade.

Porém, não é apenas a cor que transmite todas essas sensações, mas o conjunto completo. Se você observar o perfil da direita, verá que as poses da mulher, a forma como ela espalha os objetos, a fotografia, sua escolha em não mostrar o rosto, te fará ver que ela passa a impressão de ser inacessível ou de no mínimo conviver com pessoas de um círculo fechado. Tudo isso implica nas sensações que ela quer causar.

Não é algo aleatório. É pensado justamente para te transmitir a sensação de que ela sabe o que está fazendo, que tem estilo e poder para tal.

Já o perfil da esquerda parece ser acessível. Mesmo que não vejamos o rosto da mulher, as cores e os elementos te fazem pensar que ela é uma mulher alegre, que trabalha em casa, prefere looks e móveis monocromáticos com cores claras, que o ambiente é minimalista e que ela usa seu conhecimento para fazer um trabalho leve e estratégico.

As cores transmitem sensações definitivas?

Não. Só porque você gosta de rosa, não quer dizer que você é infantil e imatura. Assim como dito à cima, tudo depende do contexto. Veja os dois exemplos abaixo:

Ambas as mulheres estão usando rosa, mas apenas uma demonstra poder, rebeldia e sensualidade, enquanto a outra demonstra doçura, inocência e feminilidade.

Percebe que existe um conjunto de elementos que transmitem essas sensações? Não é apenas escolher sua cor favorita e ser você mesma, é preciso pensar no todo, e uma parte importantíssima disso é o seu público.

Afinal, a visão que ele terá será a que você quer. Só você tem esse poder.

Qual sensação você quer transmitir na sua marca?

Agora que você entendeu melhor que a sua marca tem o poder de transmitir sensações, chegou o momento de pensar em como você deseja ser vista.

Sim, você deve ser autêntica, mas não é obrigatório mostrar 100% de quem você é. Não é essa ideia. O que as pessoas não compreendem (e que os gurus se recusam a dizer) é que você apenas precisa pegar um lado seu que seja adaptável para o ambiente profissional, pois as suas escolhas e seu comportamento ficarão marcados na memória do seu público.

Como contei anteriormente, eu tive uma fase de querer ser “amiguinha”, meiga, gentil, acessível demais, mas isso não me ajudou, pelo contrário, pois ninguém me levava de fato à sério quando decidi empreender.

Por isso, antes de querer escolher a sua cor favorita, pense em todo o contexto que você precisa construir para chegar aonde deseja com a sua marca pessoal. Para te ajudar, criei o Pack Formidável com mais de 100 artes editáveis que te farão economizar tempo na hora de criar o seu conteúdo. O Pack ainda conta com aulas que vão te auxiliar na hora de fazer as modificações que você quiser e uma página no Notion com ideias de conteúdo que servem para todos os nichos. Conheça aqui!

Afinal, você merece um perfil formidável.

Um grande abraço.