Durante toda a minha vida gostei de ler. Lia histórias infantis da bíblia, quadrinhos da turma da Mônica, clássicos como Chapeuzinho Vermelho, entre outros. Aos 16, comecei a entrar de vez na literatura, mas ainda não sabia quais livros poderiam ser interessantes para mim. Meu gosto literário foi amadurecendo com os anos e é sobre o como o tempo pode fazer seu estilo de leitura mudar que quero conversar nesse post.
A leitura que faz parte da vida
A minha primeira vez na Bienal de São Paulo foi quando eu estava na quarta série e voltei cheia de sacolas de livros. Foi incrível, tirando o fato de que levei uma bolsa lotada de moedas do meu cofrinho quebrado que pesavam muito. Meus colegas de classe tinham que esperar um tempão para que eu pudesse contar o dinheiro e pagasse os livros. 😂
De qualquer modo, sempre gostei de ter um livro na mão. Tive um pouco mais de dificuldade na adolescência, quando não sabia como me introduzir no mundo da literatura. E foi então que conheci um filme que mudou minha vida.
Jane Austen mudando vidas, inclusive a minha
Quando eu estava no meu segundo ano do ensino médio, minha professora de inglês pediu que assistíssemos o filme Orgulho e Preconceito com a Keira Knightley para um trabalho escolar. Na época, por ser um romance de época, achei que pudesse ser chato, mas assim que minha mãe e eu assistimos ao filme, ficamos simplesmente encantadas.
Foi amor a primeira vista e devido ao final do filme ser, digamos, incompleto, fiquei obcecada para ter o livro e descobrir mais sobre aquela história de amor. Ganhei uma versão de bolso no amigo secreto da família e simplesmente me sentei no sofá e comecei a ler. Lembro até de levar bronca dos meus pais para largar o livro e conversar com as pessoas. Obedeci? Claro que não! 😂
Enfim, graças a maravilhosa Jane Austen, descobri que romance poderia ser a literatura certa para mim. Depois dele, eu ia nas lojas Americanas ver quais livros tinham em conta. Comprei Marley e Eu e depois de um tempo comecei a fazer trabalhos para os meus amigos da escola em troca dos livros do Crepúsculo.
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Como comecei a entender meu gosto literário
Sinceramente, eu não tinha ideia do quanto aquele livro da Jane mudaria minha vida literária. Ler Orgulho e Preconceito foi tão gratificante que nunca mais fiquei sem um livro de literatura embaixo do braço.
Cheguei a comprar um livro errado, por não saber para qual idade se dirigia e quando fui lê-lo, vi que era para pré-adolescentes. Fiquei irritada por não saber como descobrir novas leituras, até que comecei a me basear nos filmes. Foi assim que cheguei ao Jogos Vorazes, Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, etc.
Se eu gostava do filme, procurava para saber se tinha os livros.
Com o tempo, acabei entendendo quais livros eram os certos para mim. Trabalhei em uma livraria por quase quatro anos e foi durante esse período que minha estante cresceu exponencialmente.
Amadurecimento Literário
Depois de anos como amante literária, vejo o quanto meus gostos amadureceram. Aos 20, eu amava ler livros sobre personagens novinhas, ainda na escola, como o caso de Para Todos Os Garotos Que Já Amei, mas hoje esse tipo de literatura não me chama mais a atenção.
Hoje sou mais atraída por histórias de personagens na fase de mudanças profissionais e amorosas, como os chick-lits sempre trazem. Gosto de livros com jovens (ou não, como em 1984 de George Orwell) em um mundo distópico, fantasias incríveis como Nárnia, que serve para qualquer idade, assim como estou começando a me aventurar em alguns suspenses aos poucos.
Meu amadurecimento literário veio aos poucos e faz pouco tempo que parei para observar o quanto ele só avançou. Acho que quando entendemos nossos gostos, as fases da vida em que nos encontramos, é mais fácil entender o quais histórias queremos conhecer.
Minha história com os livros é algo que amo recordar. Ela é uma parte muitíssimo importante da minha vida e não abro mão.
Um grande abraço!
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